segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Em Pombal como em Eindhoven

O Sol nasce e é para todos, a neve cai e não é seca para ninguém.  Uma cobertura jornalística tem a emoção que os atletas conseguirem dar, mas pode também ter o atribulado que a Mãe Natureza nos consegue dar.

Estive pelo segundo ano consecutivo em Leiria para cobrir a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Juniores (TCCE) , novamente muito bem organizada e com a super disponibilidade da Juventude Vidigalense para apoiar a presença da equipa do Atleta-Digital (é um daqueles casos em que uma negociação win-win tem resultados). O que se passou na TCCE de Juniores? Veja mais aqui...


Se a ida se fez num autocarro da organização que partiu do Aeroporto de Lisboa, com duas das equipas em competição, o regresso estava previsto da mesma forma. Mas ontem de manhã acordei com a minha colega Ana que preferia estar mais umas horas em Leiria e ver o castelo da cidade (há tanto tempo que era para lá ter ido) e regressar mais tardiamente a Lisboa, por comboio, a partir da cidade de Pombal (foi o dia sem carros, fiz o meu papel). A visita ao castelo foi mais demorada que o previsto, o almoço em Pombal mais longe do que era esperado, mas sem antes comprar o bilhete para o comboio, que dali sairia 2 horas a seguir.


Pelo caminho iamos observando uma extensa coluna de fumo, mas quem desconfiaria que ele cortaria A1, IC2 e linha do Norte? Foram 3 horas de espera na estação de Pombal, com repetições exaustivas de gravações de uma voz feminina que prestava declarações falsas e claramente vitimada pelo automatismo do sistema de previsão de hora de chegada do comboio.


E no meio de tudo isto deu para a conversa, para a negociação de garrafas de água (gratuitas e cedidas pela CP) noutro comboio que entretanto parara noutra linha, a observação de como o comboio despeja os líquidos recebidos nas casas-de-banho das carruagens, para alimentar formigas e até para ver um comboio de carga cheio de tronco de madeira cortadinha às postas, que seguiu a caminhoa da zona onde lavrava o fogo. Irónico hein?


O que ficou obviamente em causa foram os conteúdos no Atleta-Digital, as fotografias da competição e as poucas horas até ao sono chegar. É óbvio que não são lamentos, são factos que dão emoção à vida.

E porquê o paralelismo com Eindhoven e com o parágrafo inicial deste texto!? Lembremos o que se passou na Holanda no ano passado, mas em vez de fogo, foi frio...


Mesmo que tenha sido a última TCCE de Juniores em Leiria, o fogo  não queimou a memória de quem viu atrasado o regresso, motivado pelo próprio fogo. Há dias melhores que outros...O meu foi assim...

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