domingo, 16 de junho de 2013

Um novo modelo de prever resultados



Num post anterior falava da normalidade dos resultados alcançados no atletismo, não ajudando que a modalidade se transforme em notícias constantes nos meios de comunicação social generalista. Dei o exemplo interessante que a Associação Europeia de Atletismo tem colocado no Campeonato Europeu de Nações, para tentar que a mesma seja atrativa. E se há coisa que pode permitir é um jogo de apostas, mas como isto não é habitual no atletismo resta-me fazer previsões.


E fazer previsões irritou bastante Nelson Évora há dois anos e por certo terá gerado discussão um pouco por toda a Europa como se gerou aqui. Eu fui um dos que tentou fazer a previsão dos resultados finais há dois anos para a Superliga, prova que se disputou em Estocolmo. Publiquei um dia antes da competição, tendo todos os dados que precisava e lembro-me do trabalho que me deu. Infelizmente a informática pregou-me uma má surpresa e hoje não tenho a folha de cálculo que me poderia dar jeito para este ano.


Deixo-vos abaixo a previsão que fiz em 2011, com a comparação com o que aconteceu na realidade:


Superliga 2011 – previsão EB
Superliga 2011 – resultados oficiais
Rússia – 369
Rússia – 374
Alemanha – 341
Alemanha – 333.5
Ucrânia – 316
Ucrânia – 293
França – 302
Grã-Bretanha – 291
Grã-Bretanha – 299
França – 286
Polónia – 261
Polónia – 266
Itália – 254
Espanha – 247
Espanha – 229
Itália – 239
Rep. Checa – 217
Bielorrússia – 222
Bielorrússia – 212
Rep. Checa - 219
Portugal – 183
Portugal – 178.5
Suécia - 137
Suécia - 160



Notarão falhas na previsão, até porque uma previsão não deixa de ser uma previsão.  Lembro-me que a previsão acompanhava com proximidade uma que discuti com Arons de Carvalho em tempos  e também não diferia demasiado da previsão que a própria competição efetuou, ou seja, os erros foram na altura comuns: França sobrestimada, Espanha subestimada e Bielorrússia em lugar de descida de divisão. Ou seja, todos nos baseámos nos rankings e pouco mais!


Ora este ano quero tentar experimentar um modelo de previsão diferente, que não seja uma mera conta de merceeiro e que entre em linha de conta com outras coisas. E lanço já os dados para aspetos que vou utilizar no modelo de previsão:

  • Rankings do ano
  •  Marcas dos últimos anos (pelo menos dois anos)
  •  Historial no evento

Aproveito para lançar o desafio para que também vocês façam uma previsão pessoal (e claro, a ideia é partilharmos). Para os que têm mais que fazer, que parâmetros usariam para além destes para uma correta previsão? 

«Predictions are to inform the debate, they cannot produce magical results» (Michael Batty)

Foto: Filipe Oliveira
 

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